São José, protector das vocações

 

Neste mês de Março, dedicado a S. José, o SAV convidou algumas Congregações a darem o seu testemunho sobre o modo particular como S. José esteve presente no carisma dos seus fundadores e acompanha o seu quotidiano manifestando-se, assim, como Protector das Vocações.

Irmãs Missionárias do Espírito Santo

Ir. Augusta Vilas Boas

São José modelo e guardião das vocações

O Papa Francisco, na sua mensagem para a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações em 2021, apresentou-nos São José como modelo e guardião das vocações. Sim, podemos dizer que ele é modelo de todos as formas de vida na Igreja.

São José foi um homem que viveu sintonizado com Deus, e por isso, deixou-se perturbar por Ele. Como homem do silêncio acolheu na escuridão da fé, sem discutir, o projeto de Deus não só para ele, mas também para Maria e Jesus. A sua adesão feita na liberdade, teve como alicerce a confiança plena e a capacidade de se abandonar e de deixar cair os seus projetos.

A nossa fundadora, Ir. Eugénie Caps, nutria uma confiança admirável em S. José e deixou-no-la como herança. Nos seus escritos podemos ler e meditar no percurso vocacional e fundacional que ela trilhou com ele. Escutemo-la:

 “A minha devoção ao meu bom São José data dos meus 8-9 anos…Neste mês de março tomei o meu primeiro contacto com São José e, a partir dali nós vivemos os dois uma “amizade particular” que Jesus abençoará! São José foi o grande Confidente a respeito da Obra (Congregação) e quantas graças ele nos alcançou!” (1916)

“Fiz uma novena ao meu bom São José: pedi-lhe que resolvesse o problema da minha vocação e o meu grande grito foi este: Como Deus quiser!!! AMEN!!!” (1918)

“Meu bom São José, meu homem de negócios, eu vos confio esta Obra…construí-nos um convento com um altar e um banco de comunhão…escolhei-nos o nosso campo de ação para trabalhar…meu querido São José, hoje é quarta feira, compreendido?!…Vós não me recusais nada. Eu tenho confiança em vós.” (1919)

A Ir.  Eugénie não dispensou a intercessão e proteção de São José nos momentos mais decisivos da sua vida: discernimento vocacional, fundação e missão da Congregação. A primeira comunidade da Congregação foi dedicada à proteção de São José e vários são os relatos, de quantas vezes ele tirou a fundadora e as nossas irmãs de apuros e aflições na hora de pagar as contas.

A ir. Eugénie Caps, morre a 16 de março e foi enterrada na tarde do dia 18, quando a Igreja celebrava as primeiras vésperas da festa de São José.

Este legado está bem entranhado na vida quotidiana do nosso Instituto. Temos por tradição, rezar diariamente a oração a São José, onde pedimos não só pela nossa missão, mas também por todos quantos nos ajudam a torná-la possível.

A Providencia Divina permitiu que o Papa Francisco proclamasse o Ano de São José no mesmo ano em que celebrámos o primeiro Centenário de Fundação – 1921-2021.

A missão de São José consistiu em servir e proteger Maria e Jesus, e sem se dar conta do alcance da sua missão, estava a servir e a proteger toda a Humanidade.

Sim, ele é nosso modelo porque legou-nos um caminho agradável ao Senhor percorrido na fidelidade. Ele é nosso guardião porque junto de Deus, intercede por nós e nos alcança as graças necessárias para sermos fiéis.

Bom São José, guardião e modelo de toda e qualquer vocação, rogai por nós!

Ordem dos Carmelitas Descalços

Excertos do livro “O Evangelho de São José”, do Carmelita P. Román Llamas Martínez, com a revisão para a língua portuguesa do P. Armindo Vaz

A semente josefina, lançada pelo Espírito Santo no Evangelho, cresceu pela fé dos fiéis, o ensino dos Padres, Doutores e Bispos da Igreja e, sobretudo pela experiência mística de alguns fiéis mais qualificados, sobretudo com Santa Teresa de Jesus, a maior propagadora da devoção a São José, a partir da sua experiência mística nas suas relações pessoais com o santo Patriarca. Como refere P. Lucot, um estudioso do culto a São José, “os papas encontraram um auxiliar poderoso para a difusão do culto ao nosso Santo na célebre Reformadora do Carmelo. São José é-lhe devedor, sobretudo, da sua glória na terra”. Esta sua influência está presente nos autores josefinos posteriores: são raros os pregadores josefinos do século XVII que não a citem no seu capítulo 6 do Livro da Vida. Santa Teresa, no século XVI, manda colocar São José com o Menino em esculturas de pedra sobre a porta de entrada na maioria dos seus conventos. O São José que levava nas suas fundações, como Fundador da Reforma, era e é um São José com o Menino.

Eu sou o Senhor, mas “sem ti ninguém moverá a mão ou o pé… Ide a José” (Gn 41,44.55), diz-nos também Jesus, constituindo-o chefe, senhor e padroeiro de toda a Igreja. Que bem o compreendeu Santa Teresa de Jesus, inspirada pelo Espírito Santo! Quando lhe falharam os médicos da terra, acudiu com toda a confiança a São José – “Ide a José” -, que a curou milagrosamente. E desde esta cura milagrosa, parece escutar constantemente essa voz: “Ide a José”. Acudia sempre a seu pai e senhor, São José. E que bem se portou com ela livrando-a de todos os perigos da alma e do corpo, fazendo-lhe chegar os dinheiros para as suas fundações por caminhos inesperados!

Na Idade Média e nos séculos posteriores, os grémios de carpintaria fizeram de S. José carpinteiro um modelo de vida e de ofício e tomaram-no por padroeiro especial. A eles se deve e para eles escreveu Josefina o P. Jerónimo Gracián, carmelita descalço e confessor de Santa Teresa, na qual dedica o livro II, capítulo 5, ao ofício de carpinteiro, exaltando sobremaneira o “ditoso ofício e excelentíssima arte”, porque entre os seus oficiais se contam S. José e Jesus. Também no campo da vida espiritual se destacou este aspecto, sobretudo nos séculos XIX e XX, dada a importância que ganhou na sociedade o mundo do trabalho. Como prova desta presença na vida espiritual de S. José como carpinteiro, valham estas palavras de Santa Teresinha: “E o bom São José? Oh! Como eu o amo! Ele não podia jejuar por causa do trabalho. Vejo-o aplainar, depois de enxugar a testa de vez em quando. Oh! Como me mete dó! Como me parece que era simples a vida deles!… E quantos desgostos, quantas decepções! Quantas vezes censuraram o bom São José! Quantas vezes recusaram pagar-lhe o seu trabalho! Oh! Como ficaríamos admirados se soubéssemos tudo o que sofreram!”.

A obediência da fé, a fidelidade de São José, é tão transparente e íntegra que enamora o próprio Deus. Deus enamorou-se de São José. Diz São João da Cruz que Deus se enamora de uma alma quando vê nela a pureza e a integridade da sua fé, porque, se a fé e a fidelidade da alma para com Deus é única, sem mistura ou cumprimento, chega a ferir de amor o próprio Deus. É a forte presença de Deus que São José viveu que leva a compreender que o silêncio orante é a única atitude própria, adequada e justa perante a incompreensibilidade do mistério de Deus, perante a realidade do que não sabemos, para se poder escutar a voz de Deus. Diz São João da Cruz: “O melhor é aprender a silenciar e a calar as potências para que seja Deus a falar”. Assim fez São José e Deus falou-lhe e ele pôde escutar as suas palavras.

O silêncio de S. José é eminentemente contemplativo. É no silêncio que recebe as comunicações de Deus através da presença de Maria e de Jesus, cuja contemplação silenciosa de cada dia o vai introduzindo cada vez mais no mistério de Deus. As mais altas comunicações místicas acontecem, experimentam-se no silêncio mais profundo. Escreve Santa Teresa em Sétimas Moradas: “Tudo quanto o Senhor aqui faz e ensina à alma, ocorre com tanta quietude e sem nenhum ruído que me leva a pensar no templo de Salomão, onde não se havia de ouvir nenhum barulho. O mesmo acontece neste templo de Deus, nesta sua morada, onde só Ele e a alma se gozam mutuamente num profundo silêncio”.

Congregação das Irmãzinhas dos Pobres

Irmãzinha Sílvia

São José sempre teve, e continua a ter um lugar especial no coração das Irmãzinhas dos Pobres. Ele tem um coração de Pai e é o garante da fecundidade espiritual e material da nossa congregação religiosa. O abandono incondicional à Divina Providência é a nossa marca distintiva.

As histórias da Providência que marcam o nosso dia-a-dia estão cheias de confiança e de acção de graças pelo auxílio que recebemos do céu. Confiamos todas as necessidades materiais ao nosso protector S. José que vela para que nunca nos falte o necessário. Recorremos a Ele que se manifesta por meio de almas generosas que partilham o fruto do seu trabalho com os mais pobres. Já desde os princípios da congregação, a nossa Madre fundadora Santa Joana Jugan. Teve que começar a pedir ajuda devido a pobreza e às pessoas idosas pobres que ia recolhendo.

Em 1839, data da fundação da congregação, Joana e suas primeiras companheiras viviam numa casinha muito humilde. Joana trabalhava a dias em várias casas da cidade. Quando se mudaram para uma casa maior, em 27 de Setembro de 1841, o número de pobres aumentou. Joana começou a distribuir as tarefas da casa e ela ainda tinha de se ocupar em conseguir a comida.

A história diz-nos: “Sem dúvida, nos primeiros dias, com grande ânimo, as pessoas que estavam disponíveis em nos ajudar ofereciam legumes, um pouco de arroz, peixe, presunto… Mais, apesar dessa ajuda, havia dias em que os pobres não tinham que comer e começavam a reclamar dizendo que queriam voltar a mendigar. Joana não queria isso: devia ela a pedir em seu lugar. Tomou essa decisão depois de ter rezado: ” Tal decisão custou-lhe muito pela sua natureza altiva própria das mulheres de Cancale! Dirá ela mais tarde, em meias palavras, às jovens noviças: enviar-vos-ão ao peditório, minhas filhas; Isso vai vos custar. Também o fiz, com minha cesta; custou-me; mas eu fazia-o pelo Bom Deus e pelos seus pobres! “.

Às pessoas idosas que acolhia Joana perguntava a quem iam pedir esmolas. Assim, iniciou Joana o peditório. Apresentava-se as portas das pessoas indicadas e explicava que vinha pedir em vez das velhinhas. Também batia a porta das pessoas onde anteriormente tinha trabalhado. Joana com um bom sentido prático, organizou muito rapidamente o peditório. Joana dirá um dia a um grupo de noviças: “no início não tínhamos carvão para nos aquecer, nem madeira, nem nada; faltava-nos tudo, minhas pobres filhas. Sofremos muito com frio e fome”.

Desde o início da congregação, Santa Joana Jugan e as suas primeiras companheiras, puseram toda a sua confiança em São José como intercessor da Divina Providencia. Pelo seu intermédio lhe pedimos aquilo que precisamos para as pessoas idosas. Um acto característico é pôr aos pés de São José aquilo que mais precisamos naquele momento: cebolas, batatas, azeite, um carro… e fazemos-lhe uma oração todos os dias. É muito bom remarcar que as empregadas e as pessoas idosas terminam por fazer a mesma coisa.

Aqui temos um facto ocorrida há duas semanas na nossa casa de Bilbao, em Espanha: “Por ocasião de um dia festivo a madre queria alcachofras para o almoço. Como não tinha, ela pôs uma alcachofra aos pés de São José da cozinha e pediu-lhe que intercedesse por esta causa. Uns dias depois, a madre chamou a cozinha e perguntou à empregada se tinham chegado alcachofras e esta respondeu que não. A madre perguntou-lhe se ela tinha rezado a São José e ela diz que não. Quando desligou o telefone, a empregada deixou tudo o que estava a fazer e foi aos pés de São José e pediu-lhe que por favor arranjasse urgentemente alcachofras, que o dia aproximava e não as tinham para dar as pessoas idosas. Nessa mesma tarde chegaram dez caixas alcachofras frescos para toda a casa”.

Noutra casa, outro feito por intermediário de São José Diu muito que falar, pois vemos que São José toma as coisas ao pé da letra: “A irmãzinha encarregada da cozinha deu-se conta de que faltava vinho. Ela pôs una garrafa de vinho aos pés de São José e confiou-lhe esta necessidade. Pela tarde, vieram oito caixas de vinho da mesma marca daquela que tinha posto aos pés do nosso santo protector”.

“Numa casa precisavam duma carrinha para poder ir ao mercado, às empresas, levar os velhinhos, etc. Puseram uma foto aos pés de São José, na entrada da capela onde há um mealheiro onde se depositavam as esmolas. Após uns tempos, esperava-se encontrar o mealheiro cheio de dinheiro para ajudar a comprar a carrinha. Mas qual não foi a sua decepção quando a Irmãzinha encontrou apenas algumas moedas…Contudo não desanimou, e continuou a pedir a S. José e nesse mesmo dia, pela tarde, a madre recebe um cheque com a quantia necessária para a compra da carrinha. Bendito seja Deus!

Mas a grandeza de São José consiste no facto de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. É este homem discreto que passa desapercebido, escondido, mas é um poderoso intercessor, um amparo e um guia para as nossas almas. Maria depôs nele toda a sua confiança: protegeu Jesus e a sua Mãe e continua a proteger da Santa Igreja e cada um de nós.

É um modelo para todos os cristãos mas também para todos os consagrados e consagradas. A seu exemplo queremos ser obedientes, corajosos, criativos, trabalhadores, acolhendo com amor e ternura, a vontade de Deus na nossa vocação ao serviço da Igreja e do mundo.

Não há dúvida que é o protector das vocações. Ele fez dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho. Colocou todas as suas capacidades, o seu tempo, os seus dons, os seus desejos ao serviço de Deus, fazendo de todo o seu ser e de todo o seu coração, uma oblação, José foi chamado para servir directamente a Jesus, toda a sua vida se centrava n’Ele que soube acolher a missão que Deus lhe pediu com amor e generosidade. Enfrentou as dificuldades com fé e coragem assumindo a sua responsabilidade de pai.

Confiemo-nos todos a São José: consagrados, consagradas, como também todos os jovens que procuram a sua vocação Entreguemo-nos a José, ao seu cuidado paternal como Jesus quando era criança que vivia sob o seu tecto e estava aos seus cuidados. Ele a sombra do nosso Pai do Céu, a sua imagem, que nos guarda e nos protege.

Irmãs Concepcionistas Franciscanas

Madre Maria Deolinda e Ir. Margarida Maria

A Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas) não tem directamente no seu carisma a devoção a São José. É toda mariana Imaculada. Foi pedida por Nossa Senhora a Santa Beatriz para “Honrar a minha imaculada Conceição.” Isto quatro séculos antes de ser definida como Dogma.

Mas, honrar e celebrar Nossa Senhora sem ter devoção a seu castíssimo Esposo seria um contrassenso. A devoção a este tão grande Santo, não é coisa que se imponha; ela nasce espontânea. 

Assim sempre se viveu nos nossos conventos esta terna devoção e amor a São José.

Por exemplo: quando estávamos a sentir a necessidade de edificar um novo convento, em Viseu, as dificuldades para isso eram muitas e pareciam insuperáveis. Então encarregámos o assunto a São José. No dia 19 de Março de 1983, fizemos-lhe um pedido e promessa que consta num documento assinado pelas 11 irmãs que, então, compúnhamos a comunidade, que diz assim:

Ó glorioso São José! Neste feliz dia em que a Igreja celebra, jubilosa vossa grandeza e, cheia de confiança, invoca vossa poderosíssima protecção contra todos os seus inimigos, esta nascente comunidade de monjas Concepcionistas Franciscanas, que deseja ser uma cópia perfeita da Santíssima Família de Nazaré, Vos proclama real e solenemente, seu Superior, seu Ecónomo e seu Defensor.

Em prova disso, nos comprometemos a celebrar todos os anos com a solenidade possível, vossa Festa precedida de Novena.

E para que a nossa promessa seja estável, assinamos todas as que neste momento formamos a comunidade. (seguem as assinaturas.)

Começámos as obras com intenção de gastar o pouco que tínhamos e parar até que se pudesse continuar. Calculámos que em 10 anos poderíamos finalmente terminar as obras.

Este bendito Ecónomo foi mais fiel em cumprir a tarefa que lhe encomendámos, superando a confiança que tínhamos nele. Porque as obras não mais pararam, e ao fim de 2 anos estavam as áreas principais já em condições para nos mudarmos para lá; e ao fim de 5 anos estava tudo terminado e pago!

No ano seguinte, em Julho, era preciso pôr a placa estruturante para o andar de cima, o que requeria muita água. Nós não tínhamos poço e, até então, os pedreiros carregavam toda a água em bidons, do poço dum vizinho ao fundo do bairro.

O mestre das obras disse-nos que era necessário abrir um poço, pois assim não se adiantava a obra.

Respondemos que não podíamos porque eram precisos 200.00 escudos a pronto pagamento.

Ele disse: Madre, arranje-se como puder, peça emprestado, mas o poço tem que ser feito.

Uma vez mais “choramingámos” junto ao nosso Santo “Ecónomo”. No fim desse mês, estávamos um dia no recreio quando tocou a campainha da porta. A Irmã que foi atender encontrou-se com um senhor que lhe entregou um envelope avultado. Ela perguntou o que era e ele respondeu: “suponho que é uma oferta”. “Quem é o senhor, ou pelo menos, de parte de quem vem?”, perguntou a irmã. Ele respondeu que vinha da parte dum senhor fulano tal. A irmã não insistiu mais porque supunha que dentro viria algum cartão que identificasse o benfeitor.

A Madre abriu o envelope e começou a contar.. 20…40…60 e à medida que tirava notas do envelope, ficava com a voz embargada. No fim quando disse 200, já todas estávamos com as lágrimas a querer saltar.

Era exatamente o valor que precisávamos para abrir o poço. E dentro não vinha nome nenhum, nem encontrámos ninguém com o nome que o portador tinha dito.

Só no fim de vários anos a pessoa que os tinha mandado entregar nos disse que tinha sido ela.

Logo no dia 10 de agosto, dia de São Lourenço, a quem rezamos todos os dias um Pai-nosso em comunidade, o furo foi feito e com tanta abundância de água, que nunca mais faltou para as obras e tudo o que fez falta.

Na noite de 18 para 19 de Março de 1975, portanto dois anos logo após o nosso contrato com São José, roubaram-nos todas as portas do dormitório que tinham sido colocadas essa semana e mais outras 4 portas de alumínio do claustro e material elétrico. Parecia um contrassenso e fomos pedir-lhe “contas”: Então como é, bendito Santo, precisamente no dia da vossa festa?…

O prejuízo do roubo foi avaliado em 2.000 contos.

Três dias depois recebemos uma carta do Panamá, duma senhora a quem tinha chegado no ano anterior o nosso pedido de ajuda, publicado numa revista espanhola, que já nos tinha enviado alguma pequena ajuda.

Essa carta estava assinada no dia 19 de Março e dizia assim: “Irmãs, hoje tive a impressão (corazonada) de que S. José me está pedindo que lhes envie esta ajudita”. O que ela chamava de ajudita vinha em dois cheques de 1.000 dólares cada um. Exatamente, mais ou menos, o prejuízo do roubo!!!

São José é maravilhoso; não evitou o roubo, mas deu-nos o que fazia falta para outras portas e, além disso, ele sabia que isto contribuiria para a mudança mais rápida para o nosso novo “ninho” e deixássemos de continuar apertadas na pequena casa.

Foi esta a Bela experiência que tivemos em Viseu com a protecção deste querido Santo.

Nós, no Estoril, apressámo-nos a fazer o mesmo contrato e redigimos um documento igual.

Além disso todos os dias, rezamos a São José duas orações em comunidade. Etc.